jueves, 21 de febrero de 2013

Carta da Pastoral Afro de Campinas / Carta de la Pastoral Afro de Campinas (BR)


Campinas, 08 de Fevereiro de 2013
Excelentíssimo Senhor
Dom Airton José dos Santos
Arcebispo Metropolitano de Campinas

Prezado Pastor,

Por determinação do Assessor da Pastoral Afro Brasileira da Arquidiocese de Campinas, Pe. Paulo Roberto Rodrigues, venho por meio desta encaminhar para apreciação de Vossa Excelência a Carta da Pastoral Afro e Entidades do Movimiento Negro.

Sem mais, reitero o meus protestos de elevada estima e consideração.

Paz e bem,

Aparecida do Carmo Miranda Campos
p/Coordenação da Pastoral Afro de Campinas



  Pastoral Afro Campinas - e-mail: boletimafroativo@yahoo.com.br  


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Campinas, 08 de Fevereiro de 2013

Excelentíssimo Senhor
Dom Airton José dos Santos
Arcebispo Metropolitano de Campinas

Prezado Pastor,

A Campanha da Fraternidade deste ano de dois mil e treze retoma o esforço e a preocupação da CNBB que, já em 1992, abordava o tema “Fraternidade e Juventude” que continua tão urgente como atual. Desejando efetivamente participar desta sensibilidade eclesial, escrevemos-lhe esta carta, no intuito de colaborar com seu ministério pastoral e pedir que Vossa Excelência mencione, em seu pronunciamento na abertura da Campanha da Fraternidade, no próximo dia 13/02/2013, a alarmante situação da mortandade entre a juventude em geral, principalmente de jovens negros que, segundo estatísticas, morrem três vezes mais que os jovens brancos. (conforme anexo Juventude Viva).

Se, como propõe o texto-base CF2013, queremos olhar a realidade dos jovens, acolhendo-os com a riqueza de suas DIVERSIDADES, propostas e potencialidades: entende-los e auxiliá-los neste contexto de profundo impacto cultural e de relações mediáticas, fazer-se solidária em seu SOFRIMENTO e ANGUSTIAS principalmente aos que mais sofrem com os desafios desta mudança de época e com EXCLUSÃO SOCIAL” (108 p 31); urge assumir que esta situação atinge a maioria da juventude negra, que sobrevive em condição de exclusão social, exposta a maior vulnerabilidade, vitimizada pela violência e criminalidade. Cremos ser coerente que a Igreja Católica se coloque ao lado da Justiça e que não se cale ante as torturas e extermínio dos jovens pobres e negros nos dias de hoje, herança do processo de escravização (de seus ancestrais).

Destacamos, nos números 108 e 109 do mesmo subsídio, que “os jovens que sofrem violência não são apenas números quantitativos, mas revela em si a significância concreta das pessoas reais, com sonhos, famílias, esperança, angustia e deseja de VIDA”. Os milhões de jovens vitimados pela violência estrutural de nossa sociedade deixam de ser atores, protagonistas de suas próprias vidas e da história, para somar os números desoladores de pesquisas sobre morte de jovens no país. Esse cenário repugnante de violência institucionalizada conclama ações e mobilizações para a superação dessa situação... visando à construção de uma sociedade que ofereça condições de vida para todos”. O que nos faz compreender a efetiva necessidade de cobrar das autoridades e organizações políticas e sociais a elaboração e realização de políticas públicas para a juventude, comprometendo-nos como Igreja na defesa da sua vida por acreditar “na jovialidade e beleza deles por questão meramente estética ou poética, mas por considerá-los agentes protagonistas de transformação”!

Estamos comprometidos com a criação de um programa JUVENTUDE VIVA, tendo como um dos seus objetivos principais o PLANO DE PREVENÇÃO À VIOLÊNCIA CONTRA A JUVENTUDE NEGRA (vide anexo). Situação que, além do Estado Brasileiro, já é motivo de preocupação da OEA, da ONU e outras entidades internacionais dedicadas à defesa dos DIREITOS HUMANOS. Por isto, esperamos que a Arquidiocese de Campinas, a partir de sua doutrina cristã de DEFESA DA VIDA, esteja também incomodada com esta dura realidade e fomente seus organismos pastorais, em particular a Pastoral da Juventude (PJ), e a multidão de seus agentes de pastoral, a necessidade de olhar para este seguimento juvenil com o mesmo olhar carinhoso que a Virgem Mariama olhava para o menino Jesus e com a firmeza missionária de Cristo Jesus na efetivação das pistas de ações propostas pela CF2013, buscando a legitimação do DIREITO de VIVER de toda juventude independente de raça, cor, sexo, credo.

Entre as indicações para ações transformadoras do texto-base, chama-nos a atenção os números 314 a 316 que abordam sobre a observância em relação às comunidades rurais, indígenas, quilombolas e ribeirinhas, provocando a perceber a diversidade social e respeito a estas realidades juvenis, à nossas reflexões e ações urbanas. Remetem-nos ainda a ter sabedoria e discernimento para entender a importância do ecumenismo e diálogo inter-religioso, observando as culturas pós-cristãs, marcadas pelo pluralismo religioso. “O Concílio Vaticano II proclamou-se o direito a liberdade religiosa, que vai do diálogo da caridade ao diálogo da comunhão. O pluralismo religioso suscita desafios da ação evangelizadora”. Vemos nestas considerações uma sensibilidade, disponibilidade e preocupação da Igreja Católica através da CNBB nesta CF2013, com a INCLUSÃO da juventude sem distinção dos aspectos de sociais, culturais, territoriais, raça/cor, sexo e credo (católica cristã ou não).

Encerramos esta carta, reafirmando que a juventude negra só poderá dizer “EIS-ME AQUI, ENVIA-ME”, se tiver vida plena e em abundancia! Por isso, insistimos em pedir que Vossa Excelência, explicitamente, faça referência à situação desta parte da juventude, sedenta e desejoso de viver, para que, junto com outros grupos juvenis, possam fazer o caminho missionário rumo à Jornada Mundial da Juventude, vivendo “plenamente o processo de renovação de seu carisma original, que não deixa de enriquecer a diversidade com que o Espírito Santo se manifesta e atua no povo Cristão" (CELAM, DA nº 311).

Confiantes em sua sensibilidade de Pastor, aguardamos esperançosos o seu pronunciamento na Abertura desta Campanha da Fraternidade, rezando ao Cristo Pastor e Mestre, que a todos nos conduza pelos caminhos da verdade e da vida.

Assinam esta carta a Pastoral Afro Brasileira da Arquidiocese de Campinas, seu assessor Padre Paulo Roberto Rodrigues, e outras entidades e instituições do movimento jovem e do movimento negro de Campinas.

ENTIDADES:
APNs-Agentes de Pastoral Negros do Brasil
Força da Raça
EDUCAFRO Campinas
Liga Humanitária de Assistência Afro Brasileira
Juventude Negra da Comunidade São Joaquim e Santana



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Campinas, 08 de febrero 2013

Señor
Dom Airton José dos Santos
Arzobispo Metropolitano de Campinas


Querido Pastor,

Por determinación del Asesor de la Pastoral Afro Brasileña de la Arquidiócesis de Campinas, Padre Paulo Roberto Rodrigues, someto a consideración de Su Excelencia la Carta de la Pastoral Afro y las Entidades del Movimiento Negro.Sin más, le reitero la seguridad de mi más alta consideración.

 Paz y bien,

Aparecida do Carmo Miranda Campos
p / Coordinación de Pastoral Afro Campinas





  Pastoral Afro Campinas - e-mail: boletimafroativo@yahoo.com.br  


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Campinas, 08 de febrero 2013

Señor
Dom Airton José dos Santos
Arzobispo Metropolitano de Campinas

Querido Pastor,

La Campaña de Fraternidad de este año de dos mil trece retoma el esfuerzo y la preocupación de la CNBB que, ya en el 1992, incluyó el tema "Fraternidad y Juventud", que sigue siendo tan urgente como actual. Deseando participar de manera efectiva de esta sensibilidad eclesial, le escribimos esta carta con el fin de colaborar con su ministerio pastoral y pedir que Su Excelencia mencione, en su discurso de apertura de la Campaña de la Fraternidad, el próximo día 13/02/2013, la situación alarmante de mortalidad entre los jóvenes en general, especialmente a los jóvenes negros que, según las estadísticas, mueren tres veces más que los jóvenes blancos (conforme al anexo de Juventude Viva).

Si, como sugiere el texto base CF2013, queremos "ver la realidad de los jóvenes, dándoles la bienvenida a la riqueza de su DIVERSIDADES, propuestas y potenciales: entenderlos y ayudarlos en este contexto de profundo impacto cultural y relaciones mediáticas, hacerse solidaria en su SUFRIMIENTO y ANGUSTIAS especialmente A los que más sufren con los desafíos de este cambio de época y con la EXCLUSIÓN SOCIAL"(108 pág. 31); urge asumir que esta situación afecta a la mayoría de la juventud negra, que sobrevive en condiciones de exclusión social, expuesta a mayor vulnerabilidad, victimizada por la violencia y el crimen. Creemos que es coherente que la Iglesia Católica se ubique al lado de la justicia y que no se calle frente a la tortura y el exterminio de los jóvenes pobres y negros hoy en día, herencia del proceso de esclavización (de sus antepasados).

Destacamos en los números 108 y 109 de la misma publicación, que "los jóvenes que sufren violencia no son sólo números cuantitativos, sino que se revela en sí el significado concreto de personas reales con sueños, familias, esperanza, angustia, y deseo de VIDA".  Los millones de jóvenes victimizados por la violencia estructural de nuestra sociedad dejan de ser actores, protagonistas de su propia vida y de la historia, para sumarse a los números desoladores de investigaciones sobre la muerte dolorosa de los jóvenes en el país. Esta escenario repugnante de violencia institucionalizada exige acciones y movilizaciones para superar esta situación... Destinado a la construcción de una sociedad que ofrezca condiciones de vida para todos".  Lo qué nos hace comprender la necesidad efectiva de poner a cago de las autoridades y las organizaciones políticas y sociales el desarrollo y la implementación de políticas públicas para la juventud, comprometiéndonos como Iglesia en la defensa de su vida, porque creer que "en su jovialidad y belleza, por cuestión meramente estética o poética, pero considerarlo agentes protagonistas de la transformación"!

Estamos comprometidos con la creación de un programa JUVENTUD VIVA, teniendo como uno de sus principales objetivos el PLAN DE PREVENCIÓN DE LA VIOLENCIA CONTRA LA JUVENTUD NEGRA.  Situación que, más allá del Estado brasileño, ya es una preocupación de la OEA, las Naciones Unidas y otras organizaciones internacionales dedicadas a la defensa de los DERECHOS HUMANOS.  Por lo tanto, esperamos que la Arquidiócesis de Campinas, a partir de su doctrina cristiana de DEFENSA DE LA VIDA, también se sienta incómoda con esta dura realidad y fomente en sus organizaciones pastorales, en particular la Pastoral Juvenil (PJ) y la multitud de sus agentes de pastoral, la necesidad de considerar esta acción de menores con la misma mirada de amor con que la Virgen María miró al niño Jesús y con la firmeza misionera de Cristo Jesús al volver efectivas las pistas de acción interpuestas por CF2013, buscando la legitimidad del DERECHO a VIVIR de toda la juventud sin importar su raza, color, sexo o credo.

Entre las propuestas para la acciones transformadoras del texto base, nos llaman la atención los números 314-316, que abordan el cumplimiento en relación a las comunidades rurales, indígenas, cimarronas y ribereñas, lo que lleva a percibir la diversidad social y el respeto a estas realidades juveniles, en nuestras reflexiones y acciones urbanas.  Nos referimos todavía a tener la sabiduría y el discernimiento para comprender la importancia del ecumenismo y el diálogo interreligioso, observando las culturas post-cristianas, marcadas por el pluralismo religioso.  "El Concilio Vaticano II proclamó el derecho a la libertad religiosa, que va del diálogo de la caridad al diálogo de comunión.  El pluralismo religioso plantea desafíos de acción evangelizadora".  Vemos en estas consideraciones una sensibilidad, disponibilidad y preocupación de la Iglesia Católica a través de la CNBB en esta CF2013, con la INCLUSIÓN de la juventud sin distinguir los aspectos sociales, culturales, territoriales, de raza / color, sexo o credo (cristiano católico o no).

Cerramos esta carta, reiterando que la juventud negra sólo podrá decir: "Heme aquí, envíame", si tiene vida plena y en abundancia!  Por eso, insistimos en pedirle a Su Excelencia que se refiera explícitamente a la situación de esta parte de la juventud, ansiosa y deseosa de vivir, para que, junto con otros grupos juveniles, pueda hacer el viaje misionero hacia la Jornada Mundial de la Juventud, viviendo "plenamente el proceso de renovación de su carisma original, que no deja de enriquecer la diversidad con que el Espíritu Santo se manifiesta y actúa en el pueblo cristiano" (CELAM, DA N º 311).

Confiados en su sensibilidad de Pastor, aguardamos esperanzados su declaración de apertura de esta Campaña de la Fraternidad, rogando a Cristo Pastor y Maestro, que nos conduzca a todos por los caminos de la verdad y la vida.

Firman esta carta la Pastoral Afro Brasileña de la Arquidiócesis de Campinas, su asesor Padre Paulo Roberto Rodrigues, y otras organizaciones e instituciones del movimiento joven y el movimiento negro de Campinas.

ENTIDADES:
APN - Agentes de Pastoral Negros de Brasil
Fuerza de la Raza
EDUCAFRO Campinas
Liga Humanitaria de Asistencia Afro Brasileña
Juventud Negra de la Comunidad São Joaquim y Santana